BEGONIACEAE

Begonia fruticosa (Klotzsch) A.DC.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia fruticosa (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

840.386,94 Km2

AOO:

748,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Jacques, 2012) e Bahia (Kollmann, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída encontrada em florestas úmidas da Bahia ao Rio Grande do Sul. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira, a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Fl. Bras. 4(1): 377 1861.A espécie pode ser caracterizada por apresentar folhas elípticas, inflorescências pequenas e flores branco-amareladas (Kollmann, 2006). Em estudo realizado na Reserva Ecológica de Macaé de Cima foram observadas variações na lâmina foliar da espécie, um grupo de indivíduos apresentou folhas com cerca de 7 cm de comprimento e dois de largura com coloração vinácea na superfície abaxial da lâmina foliar, já o outro grupo de indivíduos apresentou folhas com 4 cm de comprimento e 1,2 de largura, concolores (Jacques, 1996).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana, Submontana e Alto-Montana (Jacques, 2012). Na Ilha do Cardoso (SP) é encontrada próximo a encostas (Silva; Mamede, 1992). Em Santa Catarina é geralmente mais frequente nas depressões e fundo de vales e grotas e em solos pedregosos (Smith; Smith, 1971)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie liana ou subarbusto escandente, monóica, floração maio, julho a setembro e novembro, polinização ocorrendo através de insetos e frutificação de setembro a dezembro, com dispersão de sementes pelo vento (Jacques, 1996; Breier, 2005; Mamede et al., 2012), ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana, Submontana e Alto-Montana próximo a encostas ou em depressões e fundos de vales e grotas em solos pedregosos (Smith; Smith, 1971; Silva;Mamede, 1992; Jacques, 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora Rio Grande do Sul (COSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie é comum na área da Estação Biológica de Santa Lúcia, Espírito Santo (Kollmann, 2006). Possui registros de ocorrência na reserva Biológica Duas Bocas, Espírito Santo (Kollmann, 9449 HSJRP), no Parque Nacional do Forno Grande, Espírito Santo (Kollmann, 7200 HSJRP).